O catálogo da Netflix continua sendo um refúgio para quem busca narrativas densas e emocionantes, especialmente quando o tema é a complexidade do amor materno. Recentemente, uma seleção de cinco longas-metragens tem chamado a atenção por oferecer perspectivas viscerais sobre a maternidade, indo da resiliência em cativeiro às nuances das classes sociais no Brasil. No entanto, enquanto o conteúdo brilha, a experiência de usuário enfrenta novos obstáculos técnicos que têm frustrado assinantes acostumados a controlar a programação pelo smartphone.
Narrativas que redefinem o laço materno
Entre as produções que merecem ser visitadas, O Quarto de Jack se destaca pela performance inesquecível de Brie Larson. Sob a direção de Lenny Abrahamson, o filme expõe a força bruta de uma mãe que, mantida em cativeiro por sete anos, consegue construir um universo lúdico e seguro para o filho dentro de um minúsculo cômodo. É uma obra que transforma um cenário de isolamento em um testamento de esperança. Em um tom diferente, mas igualmente impactante, o cinema nacional marca presença com Que Horas Ela Volta?. A obra de Anna Muylaert traz Regina Casé como Val, uma doméstica nordestina em São Paulo cuja dinâmica com os patrões é desestabilizada pela chegada da filha. O longa utiliza a maternidade como lente para discutir, com sensibilidade ímpar, as barreiras sociais brasileiras.
A lista de recomendações segue com abordagens variadas sobre a aceitação e o luto. A comédia dramática Dumplin’ coloca Jennifer Aniston e Danielle Macdonald em uma trama onde concursos de beleza servem de pano de fundo para curar feridas na relação entre mãe e filha. Já em um registro mais doloroso, Pieces of a Woman traz Vanessa Kirby em uma jornada crua após a perda de um bebê no parto, explorando como o luto afeta as conexões familiares. Por fim, A Filha Perdida, baseado na obra de Elena Ferrante, oferece uma atuação brilhante de Olivia Colman, desconstruindo a idealização da maternidade ao confrontar o peso das escolhas pessoais e suas consequências.
Mudanças na funcionalidade de transmissão geram polêmica
Imaginem o cenário: o espectador escolhe um desses filmes emocionantes no aplicativo do celular, pronto para enviá-lo para a TV, mas o ícone de transmissão simplesmente desapareceu. Esse é o novo “paradoxo do streaming” que tem dominado as discussões em fóruns como o Reddit. A Netflix alterou o suporte para o espelhamento de conteúdo (o famoso “Cast”), tornando a tecnologia mais antiga, ironicamente, a melhor opção para alguns usuários.
A gigante do streaming deixou de suportar a transmissão direta de dispositivos móveis para a maioria dos televisores modernos e caixas de streaming que utilizam Google TV ou Android TV integrado. A orientação oficial da empresa, atualizada em suas páginas de ajuda, é direta e pegou muitos de surpresa: para navegar na Netflix, o usuário deve agora utilizar o controle remoto da própria TV ou do dispositivo de streaming, aposentando o hábito de usar o celular como comando.
Quem ainda consegue transmitir pelo celular?
Curiosamente, quem possui hardware mais antigo leva vantagem neste momento. A função de “Cast” continua operante para quem utiliza o Chromecast (o player de mídia digital do Google) até a terceira geração, bem como o modelo Ultra. No entanto, há uma ressalva importante atrelada ao tipo de assinatura: clientes que utilizam o plano básico com anúncios estão completamente bloqueados de usar a TV como segunda tela para conteúdos iniciados no celular, independentemente do equipamento que possuam.
Para aqueles que se enquadram no grupo que ainda deveria ter acesso à função — usuários de Chromecasts antigos ou TVs com suporte legado — mas que não encontram o ícone no aplicativo, a recomendação técnica envolve verificar as configurações de rede. É imperativo que tanto o smartphone quanto o televisor estejam conectados exatamente à mesma rede Wi-Fi. Reiniciar o roteador ou forçar o fechamento e reabertura do aplicativo da Netflix são passos adicionais sugeridos para tentar restabelecer a conexão.
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